O roteiro de Dúvida foi bem escrito, pois sai do caminho mais conhecido de “viveram felizes para sempre”. Não que seja um filme inovador, porque outros fazem esse jogo de não revelar a verdade para o espectador e deixar que ele tire suas próprias conclusões, assim como “A ilha do medo”, de Martin Scorsese e “A Origem” de Christopher Nolan.
Além disso, o tema não escapa de ninguém, porque por mais que alguém diga “eu tenho certeza”, essa frase vem acompanhada de um “tenho 99,9% de certeza”. Por mais que se siga a lei da experiência, ela não é suficiente para que se esteja certo. A própria personagem Irmã Aloysius afirma, ao final da trama: “eu tenho dúvida”.
Quando se trata de um padre, a questão se torna mais complicada, uma vez que as notícias, as piadas e a sociedade menos religiosa são claras quando falam sobre pedofilia nas igrejas. Entretanto, será que porque um ou dois cometem esse crime, todos são criminosos?
Apesar de o trio Meryl Streep, Phillip S. Hoffman e Amy Adams trabalharem muito bem seus personagens, os outros personagens poderiam ter participado mais ativamente nos seus papeis como, por exemplo, o garoto chave da questão, Donald Miller. Por isso, a nota atribuída ao filme é 8, numa escala de zero a 10.
Dúvida é recomendado para quem não apenas assiste filmes, mas assiste e pensa na problemática apresentada. Afinal, para quem gosta de assistir só por assistir é mais fácil alugar Velozes e Furiosos ou Piratas do Caribe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário