quinta-feira, 19 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

# 05 - Aventura

Por enquanto eu dependo de apenas um meio de transporte para ir trabalhar e estudar... e dependendo até passear. O transporte público. O “busão”. O ônibus. O biarticulado ou ligeirinho. Não importa como se chama tudo quer dizer a mesma coisa: AVENTURA!

Começamos com um dia qualquer.

Acorda-se cedo, por volta das seis horas da manha (já atrasado), toma um banho para espertar. Não toma café, mal escova o cabelo e os dentes e sai correndo. Sua mãe ou seu pai tem que te acompanhar até a próxima quadra ( afinal tem cachorros na rua, o medo é paralisante). Depois vem a correria: o PRIMEIRO ônibus está vindo e você ainda não terminou de colocar o casaco e arrumar a mochila nas costas. Ainda bem que motorista esta de bom humor e resolve esperar você entrar. Na verdade ele espera você conseguir entrar, pois tem apenas um pequeno espaço – entra você ou a mochila – como ninguém pode ficar para trás e o ônibus parece “coração de mãe” por sempre ter lugar para mais um, você entra.

Ao tempo de longos 10 minutos esse ônibus para no primeiro terminal, para a alegria de seus pulmões, pois agora você pode respirar melhor e se preparar para a próxima corrida. (e essa será ainda pior porque agora tem escadas no meio do caminho!!!)

Após esbarrar em três pessoas e quase cair na hora de descer a escada você chega à fila para entrar no segundo ônibus. Como já passou por uma experiência traumática, agora é melhor esperar o próximo do próximo ônibus para ir sentada. O caminho nesse até é relativamente tranqüilo.

Porém é necessária toda uma preparação psicológica por que você tem sair desse ônibus e pegar outro!!! Nisso passaram-se apenas uma hora e meia do seu dia, dá para acreditar?

Ok! Respira fundo! Só mais 20 minutos e você chegar ao seu destino... Mentira... Você passa 20 minutos só para sair de um ônibus e conseguir entrar em outro, só porque o número de pessoas é praticamente cinco vezes maior que a capacidade da estação tubo.

Agora você se encontra dentro do terceiro (e pelas barbas de Merlin esse é o último!). O clima é tenso, algo pré-apocalíptico. Num espaço onde caberiam quatro pessoas se encontram 10. Não tem como esperar para sentar. Se antes seus pulmões não podiam funcionar direito, agora se eles funcionarem você morre. O cheiro de alho com café e suor é praticamente um veneno mortal! E o mais incrível as janelas estão fechadas!!!

E para se segurar então? Se de início é possível segurar nos ferros com as duas mãos e você tem os dois pés firmes no chão, fique atento: JAMAIS coce o nariz ou mude o pé de lugar. É impossível. Qualquer movimento te deixa suspenso e pode gerar a terceira guerra mundial se por um acaso bater a mão na cabeça de alguém. E para ajudar um pouco mais você ainda tem a mochila! E eis a duvida: cuida da mochila ou da sua “retaguarda”?

Finalmente você chega o seu destino e por mais educadas que sejam suas atitudes, ninguém ouve os pedidos de “com licença”, por isso é obrigado a ser um ninja e sair o mais rápido possível tentando levar o menor número de pessoas com você.

É hora de ter alguns segundos de tranqüilidade. Só segundos porque agora tem pela frente oito horas de trabalho e a certeza eminente de ter que voltar para casa... de ônibus.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

# 04 - Missão

Eu recebi uma missão hoje do mestre “Jedi”.

- Vanuza, tenho um assunto muito importante para falar com você. Preste bem atenção. Preciso que você coloque essas fotos no scanner para mim e envie por e-mail depois, por favor.

- Sim senhor!

Pois é... Essa foi a minha missão.

Depois de receber essa missão eu fiquei pensando em como era legal quando pegávamos aquelas caixas de madeira adaptada com lentes, pano preto e uma flash que explodia quando apertávamos o botão. E os tantos minutos que passávamos em frente ao fotografo fazendo pose e sorrindo até as bochechas doerem.... Bons tempos.

Posso ter voltado um pouco a mais do que eu queria no tempo agora, mas ainda me lembro dos filmes de 12, 24 e 36 poses a venda nas farmácias. Esse tempo era tão divertido. Nossos avós, tios e vizinhos de muito tempo vinham em nossa casa, ou íamos a casa deles e passávamos horas sentados no sofá vendo os “Álbuns de Família”.

Tudo bem, não era uma das coisas mais legais... mas pelo menos era um tempo que ficávamos juntos. Agora eu me pergunto: o que aconteceu com os álbuns de família?

Viraram álbuns do orkut, picasa, twipic, flickr, facebook... e assim vai, para se ver altas horas da madrugada sozinho no quarto, mas isso claro quando é o álbum do chefe, da vizinha, da amiga da amiga, do ex com a nova namorada dele...

A câmera fotográfica digital é maravilhosa, é uma invenção extraordinária para tirar 50 fotos do seu rosto. Aquele que nunca ficou na frente do espelho (de preferência do banheiro) fazendo poses e caretas para uma dessas câmeras, que atire a primeira pedra.

Eu adoro ver as fotos “prontas” na hora. No entanto não tem coisa mais legal do que a expectativa de esperar para ver a foto revelada e depois descobrir que a metade do filme queimou.

Olha, vou dizer a verdade, independente da câmera, sempre se perde o melhor momento.

Minha missão? Cumprida.

Frase do biscoitinho chinês da sorte: a única forma de se ter um amigo é ser um.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

# 03 - acorda menina!

Caiu, levanta!

Não são assim as coisas?

Eu falo com toda a experiência sobre isso!

Por volta das seis horas da manhã de hoje antes de ir para o trabalho, quando lembrei que esqueci algo em meu quanto, fui subindo as escadas de casa, mas não percebi algo muito importante... Um dos degraus tinha milagrosamente aumentado de tamanho e acabei tropeçando nele. Vi as coisas por um ângulo diferente.

Eu aprendi uma coisa boa com isso.

Eu poderia ter ficado lá... Remoendo-me de dor nas pernas por causa daquela trapaça (afinal eu tropecei no terceiro degrau e fui parar mais três degraus a cima), mas sabe o que eu fiz? Levantei e dei uma bela risada, ou seja, fiz o que todos deveríamos fazer todos os dias: começar o dia sorrindo. Mesmo que seja sem querer.

Olha. Mico ou não. Eram seis da manha... Nesse caso tem um desconto.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

# 02 - Zumbis

Essa é a segunda postagem... já estou evoluindo, dois dias seguidos, quem diria.

Sabe por que isso? Eu tenho esse blog há muito, muito tempo, mas até agora não havia escrito nada aqui além de “Vanuza Evans”.

Aproveitando esse momento de inspiração para escrever, anuncio o tema de hoje: Zumbis.

É isso mesmo, zumbis, daqueles que comem cérebro. Que medo.

Um dos meus grandes medos é justamente esse: ZUMBI. E o pior, eu sei por que tenho medo. É porque eu acredito que eles realmente podem existir.

Claro que esses zumbis que saem das suas sepulturas no processo de decomposição não atormentam meus sonhos (bem que o filme “Madrugada do Mortos” - Zack Snyder, 2004 -assusta bastante). Mas aqueles modernos que são resultados de uma engenharia biológica humana mal sucedida ou até de propósito, podem existir! Eu ainda e talvez nunca prove que sim, mas quem pode provar que não?

Aposto que isso te fez lembrar de uma conspiração bem feita da Capcom e de Hollywood bem famosa, “Umbrella Corporation”.

Essa é a empresa do jogo mais famoso sobre zumbis, o Resident Evil. Adoro. Desde a primeira vez que meu irmão mais velho apareceu com a primeira versão do jogo em casa, eu achei incrível, mas nesse época eu não entendia muito bem o que se passava na história, não entendia nem mesmo o que era um zumbi, então para mim tava tudo legal, ou melhor, tudo muito massa (nossa gíria local, que eu não tardei a aprender, mas está demorando “pra caramba” para esquecer).

Ainda me lembro de cada detalhe daquela tarde em que Hercules, meu irmão, estava jogando a segunda versão de Resident Evil e me chamou em seu quarto:

- Vanuzaaaa, vem cá!

- To indo.

Sai da cozinha e atravessei a porta do quarto dele, ele estava concentrado naquela tela quadrada em que uma mulherzinha andava/corria por uns corredores de aparência fria e suja de uma delegacia. Ela entrou em uma sala igual aquelas em que vemos no CSI em que tem apenas uma mesa, uma porta, duas cadeiras e um espelho, que qualquer garota inveja ter um em seu quarto até descobrir que alguém pode estar te observando do outro lado.

- Presta atenção Vanuza naquele espelho na parede.

- Nossa que espelho “massa”. O que tem ele.

- Fica olhando.

O tempo que se passou poderia ser contado como semanas, mas não foi além de segundos até que a mulherzinha passou na frente do espelho e em vez de haver o reflexo dela, aconteceu a seguir algo que me fez praticamente levantar do canto da cama onde me sentei e sair correndo. O espelho se quebra e uma das coisas mais nojentas que eu já tinha visto aparece para comer a cabeça da mulherzinha. Aquele negócio não tinha pele, a língua era maior que a do vocalista do Kiss e Aerosmith juntos. Urgh!

Deve ser a partir desse episódio que eu passei a ter medo de zumbis...




CONTINUA...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

# 01

Já comecei e parei tantas vezes de escrever que já perdi a conta... Começo e paro porque não sei sobre o que escrever... Apesar de haver uma quantidade incontável de coisas para escrever sobre...

Talvez seja isso que me faça começar e parar... Vamos ver se consigo dessa vez, pois acredito ter escolhido um tema legal: TUDO.

O tudo hoje se resume ao livro “Diário da Sibila Rubra” de Kizzy Ysatis.

Eu não o conhecia até que o submarino.com me ofereceu uma promoção para comprar 4 livros e ganhar mais um. (adoro promoções... mas isso já é outro assunto, vamos ao que interessa)

Tudo começou quando abri a capa (bem do começo, não?). Quando estava lendo o “Um prefácio” descobri que “Diário da Sibila Rubra” é na verdade a continuação de um livro, apesar de que na capa já dizia o subtítulo: “o retorno das bruxas”. Isso me fez pensar que estava faltando algo...

No entanto descobri que é possível você ler a continuação de uma história sem saber o início, claro, se você tiver a intenção de lê-lo um dia. Assim sua mente pode trabalhar mais com os nomes e fatos que aparentemente estão fora de contexto.

Interessante. Realmente interessante.

Eu nunca tinha nem sequer ouvido falar de Kizzy Ysatis (para um pouco para fazer uma busca rápida no google). Acabo de descobri que Kizzy Ysatis na verdade é Cristiano Marinho (adoro pseudônimos, e espero que o google esteja certo). Sabe, não sou tão “ligada” aos autores nacionais, mas a cada livro que leio percebo como a nossa literatura é grandiosa! E Ysatis passou a mim através de suas palavras, uma imagem de uma pessoa que faz o que ama além de aparentar ser inteligente. Mas não to aqui para divagar sobre alguém que não conheço.

Voltamos ao que interessa.

“Diário da Sibila Rubra”. Nunca tinha pensado em sibilas rubras. Esse foi um novo mundo que explorei e gostei (costumo dizer que com os livros sou o que quero ser e vou onde quero ir – ou pelo menos onde o autor da vez me leva).

Então, a receita utilizada no “Diário da Sibila Rubra” é o velho e bom romance fictício, com muitas surpresas, suspense, cenários conhecido e uma pitada de fatos reais, que juntos formam uma viagem complexa, emocionante e perfeita distração para quem anda uma duas horas de ônibus por dia como eu.

A forma da escrita me levou a sentir o que a personagem principal sentia, me fez ser (é aqui que me refiro a “ser quem eu quero ser”), nem que seja por alguns minutos, Elaine.

Eu pude ver através dela a história. E na leitura das palavras escritas de seu diário eu descobri junto com Elaine suas duas faces e valor do verdadeiro amor.

Penso que por hoje é só, mesmo sabendo que sempre há mais.

Abraços