Por enquanto eu dependo de apenas um meio de transporte para ir trabalhar e estudar... e dependendo até passear. O transporte público. O “busão”. O ônibus. O biarticulado ou ligeirinho. Não importa como se chama tudo quer dizer a mesma coisa: AVENTURA!
Começamos com um dia qualquer.
Acorda-se cedo, por volta das seis horas da manha (já atrasado), toma um banho para espertar. Não toma café, mal escova o cabelo e os dentes e sai correndo. Sua mãe ou seu pai tem que te acompanhar até a próxima quadra ( afinal tem cachorros na rua, o medo é paralisante). Depois vem a correria: o PRIMEIRO ônibus está vindo e você ainda não terminou de colocar o casaco e arrumar a mochila nas costas. Ainda bem que motorista esta de bom humor e resolve esperar você entrar. Na verdade ele espera você conseguir entrar, pois tem apenas um pequeno espaço – entra você ou a mochila – como ninguém pode ficar para trás e o ônibus parece “coração de mãe” por sempre ter lugar para mais um, você entra.
Ao tempo de longos 10 minutos esse ônibus para no primeiro terminal, para a alegria de seus pulmões, pois agora você pode respirar melhor e se preparar para a próxima corrida. (e essa será ainda pior porque agora tem escadas no meio do caminho!!!)
Após esbarrar em três pessoas e quase cair na hora de descer a escada você chega à fila para entrar no segundo ônibus. Como já passou por uma experiência traumática, agora é melhor esperar o próximo do próximo ônibus para ir sentada. O caminho nesse até é relativamente tranqüilo.
Porém é necessária toda uma preparação psicológica por que você tem sair desse ônibus e pegar outro!!! Nisso passaram-se apenas uma hora e meia do seu dia, dá para acreditar?
Ok! Respira fundo! Só mais 20 minutos e você chegar ao seu destino... Mentira... Você passa 20 minutos só para sair de um ônibus e conseguir entrar em outro, só porque o número de pessoas é praticamente cinco vezes maior que a capacidade da estação tubo.
Agora você se encontra dentro do terceiro (e pelas barbas de Merlin esse é o último!). O clima é tenso, algo pré-apocalíptico. Num espaço onde caberiam quatro pessoas se encontram 10. Não tem como esperar para sentar. Se antes seus pulmões não podiam funcionar direito, agora se eles funcionarem você morre. O cheiro de alho com café e suor é praticamente um veneno mortal! E o mais incrível as janelas estão fechadas!!!
E para se segurar então? Se de início é possível segurar nos ferros com as duas mãos e você tem os dois pés firmes no chão, fique atento: JAMAIS coce o nariz ou mude o pé de lugar. É impossível. Qualquer movimento te deixa suspenso e pode gerar a terceira guerra mundial se por um acaso bater a mão na cabeça de alguém. E para ajudar um pouco mais você ainda tem a mochila! E eis a duvida: cuida da mochila ou da sua “retaguarda”?
Finalmente você chega o seu destino e por mais educadas que sejam suas atitudes, ninguém ouve os pedidos de “com licença”, por isso é obrigado a ser um ninja e sair o mais rápido possível tentando levar o menor número de pessoas com você.
É hora de ter alguns segundos de tranqüilidade. Só segundos porque agora tem pela frente oito horas de trabalho e a certeza eminente de ter que voltar para casa... de ônibus.
E há quem diga que este modelo atual de transporte é um dos melhores do mundo!! Estas pessoas definitivamente não devem pegar ônibus!!!
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