quinta-feira, 12 de agosto de 2010

# 04 - Missão

Eu recebi uma missão hoje do mestre “Jedi”.

- Vanuza, tenho um assunto muito importante para falar com você. Preste bem atenção. Preciso que você coloque essas fotos no scanner para mim e envie por e-mail depois, por favor.

- Sim senhor!

Pois é... Essa foi a minha missão.

Depois de receber essa missão eu fiquei pensando em como era legal quando pegávamos aquelas caixas de madeira adaptada com lentes, pano preto e uma flash que explodia quando apertávamos o botão. E os tantos minutos que passávamos em frente ao fotografo fazendo pose e sorrindo até as bochechas doerem.... Bons tempos.

Posso ter voltado um pouco a mais do que eu queria no tempo agora, mas ainda me lembro dos filmes de 12, 24 e 36 poses a venda nas farmácias. Esse tempo era tão divertido. Nossos avós, tios e vizinhos de muito tempo vinham em nossa casa, ou íamos a casa deles e passávamos horas sentados no sofá vendo os “Álbuns de Família”.

Tudo bem, não era uma das coisas mais legais... mas pelo menos era um tempo que ficávamos juntos. Agora eu me pergunto: o que aconteceu com os álbuns de família?

Viraram álbuns do orkut, picasa, twipic, flickr, facebook... e assim vai, para se ver altas horas da madrugada sozinho no quarto, mas isso claro quando é o álbum do chefe, da vizinha, da amiga da amiga, do ex com a nova namorada dele...

A câmera fotográfica digital é maravilhosa, é uma invenção extraordinária para tirar 50 fotos do seu rosto. Aquele que nunca ficou na frente do espelho (de preferência do banheiro) fazendo poses e caretas para uma dessas câmeras, que atire a primeira pedra.

Eu adoro ver as fotos “prontas” na hora. No entanto não tem coisa mais legal do que a expectativa de esperar para ver a foto revelada e depois descobrir que a metade do filme queimou.

Olha, vou dizer a verdade, independente da câmera, sempre se perde o melhor momento.

Minha missão? Cumprida.

Frase do biscoitinho chinês da sorte: a única forma de se ter um amigo é ser um.

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